A narrativa de Rainhas da Guerra transporta o leitor diretamente para a Bretanha do século IX, um território em constante ebulição, marcado por invasões, fé, resistência e cultura.
Muito além de uma simples narrativa de guerra, o livro mergulha fundo em aspectos históricos que caracterizaram a Idade Média, conectando personagens fictícios a eventos e costumes reais.
Entre as coisas mais marcantes da obra, então, temos a existência de Bretanha, a localização onde é retratada a história de Rainhas da Guerra.
Sabendo disso, listamos cinco curiosidades fascinantes sobre essa Bretanha retratada na história, que ajudam a entender melhor o contexto da trama e a riqueza do universo criado. Confira!
1 – A Bretanha era um mosaico de reinos independentes
Diferente do que muitos imaginam, a Bretanha do século IX não era um território unificado. Pelo contrário, era composta por diversos reinos independentes como Cymru, Powys, Gwynned e outros.
Sendo assim, em Rainhas da Guerra, essa fragmentação é perceptível nas alianças frágeis, nas rivalidades locais e na constante ameaça de invasores.
Então, a disputa por território e poder era frequente, o que deixava a população à mercê de guerras quase constantes.
2 – A presença dos vikings era constante e temida
Um dos grandes temores da época — e também um tema central em Rainhas da Guerra — era a ameaça viking. Os povos nórdicos saqueavam vilarejos, invadiam cidades e levavam consigo riquezas e escravos.

A Bretanha do século IX era um alvo constante desses ataques, e a narrativa do livro, dessa forma, explora bem esse clima de tensão.
Os vikings, com sua brutalidade pagã, então, contrastam fortemente com os valores locais, especialmente os transmitidos por meio da educação cristã, tema fundamental para as protagonistas da obra.
3 – A educação cristã moldava o caráter dos líderes
Em plena era medieval da Bretanha, a educação cristã era mais do que formação religiosa — ela representava um código de conduta moral e espiritual.
No livro, a figura do abade Nennius é fundamental para mostrar como a fé influenciava decisões, comportamentos e até estratégias militares.
As gêmeas Gwyneth e Gwenora, criadas sob esses ensinamentos, demonstram valores como honra, lealdade e coragem, dessa forma, características que contrastam com o paganismo dos invasores vikings.
4 – Os pictos e escotos influenciavam o destino político da ilha
A Bretanha não era isolada. Dessa forma, os acontecimentos no norte, entre pictos e escotos, tinham impacto direto no equilíbrio de poder da ilha.
A morte de Kenneth MacAlpin, por exemplo, é mencionada em Rainhas da Guerra como um sinal de mudança na ordem das forças políticas.
Essa referência histórica mostra como o autor integrou eventos reais à ficção, criando um panorama coerente e fascinante da Idade Média.
5 – Cair Guent simboliza a resistência e o legado romano
A cidade de Cair Guent, um dos principais cenários de Rainhas da Guerra, é erguida sobre ruínas romanas.
Isso não é por acaso. A estrutura da cidade reflete o legado de uma civilização anterior que ainda influenciava os modos de vida e a organização defensiva dos povos britânicos.
Os muros, muralhas duplas e organização estratégica da cidade mostram que, apesar das constantes guerras, havia um profundo senso de identidade e tradição que remontava à Antiguidade. Então, essa herança também reforça a resistência cultural e espiritual contra os invasores.
Um Retrato Vívido da Era Medieval em Rainhas da Guerra
Através dessas curiosidades, então, percebemos que Rainhas da Guerra vai muito além de um romance épico.
Dessa maneira, a obra oferece uma reconstrução rica da Bretanha do século IX, combinando drama, história e ação em um cenário onde valores espirituais e tradições guerreiras caminham lado a lado.

A fusão entre personagens fictícios e fatos históricos reais — como as ameaças vikings, a influência dos pictos e escotos, e o peso da educação cristã — torna a leitura envolvente e educativa.
Então, ao unir história e ficção, o leitor consegue explorar um dos períodos mais intensos da era medieval, onde heroísmo e fé enfrentavam as forças da escuridão.
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