A saga Angus, o maior sucesso de Orlando Paes Filho, é um marco entre os livros medievais nacionais, destacando-se não apenas pelo realismo de suas batalhas, mas também pela rica construção cultural de seu universo.
Um dos aspectos mais fascinantes da obra é justamente a forte conexão entre Angus, o protagonista, e a mitologia celta.
Logo no início da narrativa, já percebemos que este universo mergulha profundamente na era medieval, resgatando lendas, símbolos e rituais que marcaram a espiritualidade dos antigos povos europeus.
Para contextualizar melhor essa conexão entre Angus e a mitologia certa, trouxemos este texto com alguns pontos que evidenciam como isso é exposto na obra. Confira!
Druidas, símbolos e sabedoria ancestral
Ao longo da história, Angus vive experiências que se entrelaçam com o imaginário celta. Isso desde encontros com druidas até visões que remetem a deuses e forças da natureza.
Esse vínculo com a mitologia celta não serve apenas como pano de fundo exótico; ao contrário, ele é essencial para a formação da identidade do personagem e o desenrolar de sua jornada.
Em Angus, os druidas desempenham um papel central. Esses sábios eram os guardiões da sabedoria celta e atuavam como conselheiros, curandeiros e intérpretes do mundo espiritual.
O protagonista tem contato direto com eles em momentos decisivos, e essas interações influenciam fortemente suas decisões e crenças.
Além disso, a simbologia celta aparece com frequência, seja por meio de tatuagens, objetos sagrados ou visões. Na criação, Orlando utiliza símbolos como o triskle, o nó celta e referências aos ciclos da natureza para reforçar a ligação entre o herói e o mundo invisível.
Esses elementos não são aleatórios: cada um carrega significados profundos sobre equilíbrio, transformação e conexão entre mundos, que são temas recorrentes na mitologia celta e na própria trajetória de Angus.
Outro ponto interessante é como a natureza é retratada com reverência. Rios, florestas e montanhas não são apenas cenários, mas entidades vivas com poder e vontade própria.
Inclusive, essa visão animista está enraizada na espiritualidade celta e é integrada de forma sutil, porém constante, na narrativa.
Angus: O herói celta na era medieval
Angus é, em muitos aspectos, um arquétipo do herói celta: corajoso, impulsivo, fiel ao seu clã e profundamente conectado ao mundo espiritual.
Embora viva na transição entre o paganismo e o cristianismo, que era um conflito típico da Idade Média, ele carrega em si o legado dos antigos mitos. Isso cria uma tensão interessante entre o velho e o novo, entre a tradição druídica e a moral cristã. Isso reflete o momento histórico em que a história se passa.
Orlando Paes Filho usa esse contraste de forma inteligente. Ele não idealiza a mitologia celta, mas também não a descarta como superstição.
Pelo contrário, apresenta-a como um sistema complexo de sabedoria, coerente com a visão de mundo dos personagens. Isso oferece ao leitor uma experiência rica e imersiva, muito além do que se encontra em livros medievais convencionais.
Para quem busca mais do universo Angus…
Se você se encantou com o universo mítico e espiritual da saga Angus, não pode deixar de conhecer Rainhas da Guerra, o mais recente lançamento de Orlando Paes Filho.
Com protagonistas femininas fortes e tramas repletas de estratégia, emoção e fé, esse novo livro amplia ainda mais o fascinante mundo da Idade Média criado pelo autor.
Sua história narra a trajetória de duas irmãs gêmeas que, eventualmente, foram destinadas a encontrar os amores e horrores da guerra.
Estamos ficando por aqui, mas em breve retornaremos com novos conteúdos incríveis sobre Angus e Rainhas da Guerra!
Até a próxima!