A dor do luto é um dos temas mais marcantes de Rainhas da Guerra, e ninguém representa essa ferida de forma mais profunda do que Ewain, o Nobre.
Após a trágica morte de sua esposa Arthia, a história da família real de Cair Guent toma um rumo inesperado.
Em uma narrativa ambientada na turbulenta era medieval, onde o sangue e a honra se entrelaçam, Ewain não apenas enfrenta a dor da perda, mas também a responsabilidade de moldar o futuro de seus filhos em meio ao caos da guerra.
Por ser um dos momentos mais impactantes do livro, hoje, vamos trazer um pouco sobre a perda de Ewain, e o que ela representa na trama de Rainhas da Guerra. Confira!
Ewain e uma Perda que Abala os Alicerces
momento crucial da história. Enquanto o mundo à volta ruía sob o avanço dos vikings, Ewain retorna de uma batalha vitoriosa apenas para ser recebido pela tragédia: sua esposa morta no parto e seu filho recém-nascido sem vida ao lado dela.
A cena que encontra em sua casa é um contraste cruel com a glória da guerra. Ali, Ewain não é mais o guerreiro vitorioso, mas o viúvo devastado.
Esse momento transforma por completo a relação do personagem com o mundo. O homem antes firme e estrategista vê-se consumido por um sentimento de impotência que o persegue em cada decisão.
Dessa forma, sua conexão com Deus é posta à prova, e ele se aproxima do perigoso limite entre justiça e vingança. O luto de Ewain, portanto, não é apenas pessoal, mas simbólico — ele marca a perda da estabilidade, da ternura e da esperança.
O Reflexo do Luto nos Filhos e no Futuro de Cair Guent
Com Arthia ausente, Ewain assume sozinho a criação dos filhos, incluindo as gêmeas Gwyneth e Gwenora, que logo se tornam as protagonistas da resistência de Cair Guent.
Ainda que marcado pela dor, o Nobre compreende a necessidade de preparar as filhas para um mundo hostil. Por isso, em um gesto raro para a época, decide treiná-las como guerreiras.
A influência de Arthia, mulher forte e respeitada, continua viva nas meninas, mas é o sofrimento de Ewain que molda a rigidez e a intensidade de sua educação.
O luto também aprofunda sua ligação com Nennius, o abade que se torna seu conselheiro espiritual.
Contudo, apesar dos ensinamentos sobre misericórdia e fé, Ewain luta para não sucumbir ao desejo de vingança contra os vikings, responsáveis por tanta dor em sua vida.
Essa batalha interior torna-se uma das forças motrizes da história, refletindo os dilemas morais da própria era medieval, quando a linha entre o certo e o errado muitas vezes se esconde sob a capa da guerra.
A ausência de Arthia não apaga sua presença. Ao contrário, ela passa a habitar cada decisão, cada treino, cada olhar preocupado de Ewain.
O destino da família muda radicalmente a partir dessa perda. Se por um lado o amor e o conforto desapareceram, por outro, nasceu uma força que impulsionaria as filhas a se tornarem verdadeiras Rainhas da Guerra.
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Hoje, trouxemos a história de um dos personagens mais fortes de Rainhas de Guerra! Em breve, retornaremos com novas curiosidades sobre os fantásticos personagens dessa obra de Orlando Paes Filho!
Até a próxima!