É essencial pontuar que Rainhas da Guerra é muito mais do que uma obra sobre batalhas épicas e invasões bárbaras na era medieval. É uma história sobre coragem, fé e protagonismo feminino em tempos de guerra.
Assim como Joana d’Arc, a famosa heroína francesa da Idade Média, as protagonistas do livro, Gwyneth e Gwenora, se destacam não apenas por sua habilidade com armas, mas pela convicção com que defendem seu povo, suas crenças e sua identidade.
Ambas as narrativas, embora distintas no tempo e no espaço, compartilham temas fundamentais que ecoam com força até os dias de hoje.
Mas, como elas criam uma conexão de força feminina? Como isso é desenvolvido no livro? Vamos conferir tudo isso agora!
Fé, liderança e coragem: a força das mulheres na Idade Média
Desde os primeiros capítulos, Rainhas da Guerra estabelece uma atmosfera de resistência, onde duas jovens mulheres enfrentam o poder opressor dos invasores com uma bravura fora do comum.
Sendo assim, essa postura remete diretamente à figura histórica de Joana d’Arc, que, mesmo sendo jovem e sem formação militar tradicional, liderou tropas francesas contra os ingleses movida por um chamado espiritual.
Assim como ela, as protagonistas de Rainhas da Guerra não esperam permissão para lutar: elas se impõem pelo exemplo e pela ação.
Tanto Joana d’Arc quanto as heroínas de Rainhas da Guerra encaram o campo de batalha com fé no coração e espada em punho.
Gwyneth, em especial, recorre constantemente a suas orações em busca de força para suportar as torturas e humilhações impostas pelos vikings. Sua espiritualidade a sustenta em meio à escuridão, assim como Joana afirmava ouvir a voz divina guiando suas ações durante a Guerra dos Cem Anos.
Em ambas as histórias, a fé não serve apenas de consolo, mas de motivação para liderar, resistir e transformar.
Além disso, a liderança feminina é um ponto de convergência marcante. Tanto na ficção quanto na história real, essas mulheres inspiram os que estão à sua volta.
Gwyneth e Gwenora, mesmo em momentos de profunda dor, mantêm o espírito de luta aceso entre os oprimidos, exatamente como Joana d’Arc fez ao unir soldados em torno de uma causa maior.
Dessa forma, nenhuma delas nasceu para ser guerreira no sentido tradicional, mas ambas foram moldadas pelas circunstâncias e responderam com coragem.
Heroínas que desafiaram o destino
O legado de Joana d’Arc é o de alguém que rompeu barreiras impostas pelo gênero e pela época.
Da mesma forma, Rainhas da Guerra mostra que a força feminina, mesmo diante de um mundo hostil, é capaz de se sobrepor à violência, ao preconceito e à opressão.
As protagonistas não aceitam o papel de vítimas; elas lutam por justiça, por sua terra e por seu povo, assim como fez a camponesa de Domrémy, que se tornou santa e símbolo de resistência.
Por fim, Rainhas da Guerra e a história de Joana d’Arc nos lembram que, na Idade Média, a coragem podia ter rosto de mulher. Em tempos de espadas e coroas, algumas rainhas nunca usaram tronos, mas, empunharam armas e mudaram o rumo da história.