Os livros medievais sempre atraíram leitores em busca de aventuras épicas, romances proibidos e batalhas gloriosas. Contudo, muitos desses romances optam por uma visão idealizada da Idade Média, suavizando a brutalidade dos conflitos ou romantizando os papéis sociais.
Orlando Paes Filho ao escrever Rainhas da Guerra, vai na direção contrária. Em vez de mascarar a violência, a obra a enfrenta de frente, mergulhando o leitor em uma narrativa crua, intensa e, por vezes, dolorosamente realista.
Sabendo disso, trouxemos algumas informações importantes que mostram porque o realismo brutal de Rainhas da Guerra apenas enriquece a sua trama.
Confira!
A violência como construção narrativa, não como espetáculo
Ao contrário de muitos romances históricos que exaltam cavaleiros imaculados e heroínas submissas, Rainhas da Guerra apresenta personagens profundamente humanos, falhos e marcados por escolhas difíceis.
Desde o primeiro capítulo, não somos poupados de cenas densas, que revelam as consequências diretas da guerra sobre corpos, mentes e comunidades.
Isso distingue a obra de muitos outros livros medievais, que frequentemente preferem a estética à verdade histórica.
O que torna o realismo de Rainhas da Guerra tão impactante é sua função narrativa. As cenas de combate, tortura ou desespero não existem para chocar gratuitamente.
Elas servem para construir um universo coerente com a realidade da era medieval, marcado por instabilidade política, fome, disputas territoriais e desigualdade social. Assim, o leitor não apenas presencia os eventos; ele os sente na pele.
Em comparação, obras como As Brumas de Avalon ou mesmo Game of Thrones também exploram violência e política.
No entanto, enquanto essas histórias muitas vezes recorrem ao misticismo ou à fantasia como válvula de escape, Rainhas da Guerra se mantém firme em um realismo que não permite ilusões. Isso reforça a autenticidade da narrativa e amplia seu valor dentro da categoria de livros medievais.
O elo com Angus: o mesmo mundo, uma nova perspectiva
Embora mais conhecido pela saga Angus, Orlando Paes Filho demonstra em Rainhas da Guerra uma continuação de sua tônica como autor.
Se Angus centra-se na jornada do herói masculino, imerso em lendas celtas e conflitos internos, Rainhas da Guerra inverte o foco, destacando as dores e os dilemas das mulheres em meio à guerra.
O realismo presente nas duas obras cria um elo sólido entre elas, consolidando um universo literário coeso e maduro.
Além disso, o leitor familiarizado com Angus pode notar como o autor manteve a fidelidade ao contexto histórico, mas ousou aprofundar ainda mais os aspectos sociais, políticos e psicológicos.
Essa transição torna a leitura ainda mais rica, especialmente para quem busca literatura medieval que não apenas entretém, mas também provoca reflexões.
Por que Rainhas da Guerra se destaca entre os livros medievais?
A resposta está justamente na sua recusa em suavizar a verdade. Enquanto muitos livros medievais caminham pela linha da fantasia ou do escapismo, Rainhas da Guerra exige atenção, empatia e estômago.
Não há finais felizes previsíveis, nem heróis perfeitos. Cada personagem é moldado pelo ambiente brutal que o cerca, e cada decisão carrega peso.
Esse compromisso com o realismo transforma a leitura em uma experiência imersiva. A guerra não é pano de fundo; é protagonista. A dor não é acessório; é elemento central.
E isso faz de Rainhas da Guerra uma das obras mais impactantes da literatura medieval contemporânea.
Quer descobrir mais da narrativa de Rainhas da Guerra? Então, não deixe de conferir as novidades sobre o livro!
Em breve retornaremos com novos conteúdos incríveis sobre as obras de Orlando Paes Filho!
Até a próxima!