Sendo um romance para mulheres fantástico, Rainhas da Guerra, desde o seu primeiro capítulo, Aurora, já nos introduz a um rico universo em referências à literatura medieval clássica.
Em seu empolgante início, ele mostra diversos pontos onde a tradição e a ruptura andam em conjunto. A princípio, a narrativa nos situa em Gwent, uma pequena cidade que nos apresenta as gêmeas Gwyneth e Gwenore, filhas do príncipe regente e Ewain e sobrinhas do rei Rhodri, o Grande.

Pertencentes a uma vivência complexa, pois foram criadas sem a presença da mãe, a obra apresenta duas irmãs que enfrentam um ambiente predominantemente masculino.
Após sua mãe falecer ao dar a luz a seu último filho, Gwyneth e Gwenore se viram presentes em um universo onde o empoderamento femiino não era o centro.
Essa construção social afetou diretamente a perspectiva de vida das irmãs, pois elas rejeitaram completamente os papéis convencionais impostos para as mulheres na época.
Na verdade, ambas tinham grande interesse por armas, estratégias de guerra e lutas, demonstrando desde criança interesse em se tornarem mulheres fortes e a frente do seu tempo.
Rainhas da Guerra: Um Livro com uma Mensagem Especial para Mulheres
Apesar dos desafios que tinham, especialmente a resistência da sociedade da época, as irmãs têm seu pedido atendido pelo pai, Ewain, e passam a ser treinadas de diversas formas. Assim, elas desenvolvem o manejo de espadas, lanças e arcos, como seus irmãos.
Além de aprenderem a arte da guerra, as gêmeas também recebem a educação do abade Nennius, um amigo íntimo da família, que as orienta com conhecimentos sobre história, geografia, virtudes, religião e muito mais.
Durante essa trajetória, Rainhas da Guerra mostra a importância da inteligência em tempos de guerra, especialmente para mulheres.
Dessa forma, é possível compreender a importância dessa obra literária para as mulheres, afinal, um romance para mulheres como este é capaz de trazer diversos questionamentos e aprendizados.
Apesar dos grandes ensinamentos, a história de Rainhas da Guerra também carrega uma narrativa de dilema em seu primeiro capítulo. O príncipe Ewain, durante sua trajetória de guerra, possui grande orgulho das filhas.
No entanto, também carrega um enorme luto pela morte da esposa, além de alimentar um gigantesco desejo de vingança pelos nórdicos, que costumeiramente ameaçam suas terras.
Neste ponto, Rainhas da Guerra cria um cenário de instabilidade e medo. Isso pois as memórias da invasão vikingi e a morte de Athia ainda assombram os pensamentos de Ewain.
Em sua dura jornada, Ewain saiu vitorioso de uma batalha, porém, ao final, encontrou sua esposa e filho recém-nascido sem vida, algo que marcou sua alma profundamente.
O Retrato Forte e Doloroso de Rainhas da Guerra
Após o trágico destino de sua esposa e filho, Ewain se vê perdido em uma enorme sede de vingança. Isso preocupa Nennius, que tenta guiá-lo para a fé e lembra que a guerra nunca deve ser movida apenas pelo rancor.
No fim do capítulo, presenciamos a chegada do abade à fortaleza, onde as gêmeas o recebem com entusiasmo e demonstram ansiedade por novas lições.
Neste meio tempo, Ewain questiona a existência da fé e da justiça divina. Além disso, ela abala com o futuro sombrio da guerra que, eventualmente, cerca seus filhos.
Possuindo uma narrativa envolvente, Rainhas da Guerra possui personagens femininas fortes, expandindo o universo de romance para mulheres de forma primorosa. Isso porque a trama é rica em emoções, dilemas morais e muitas estratégias de guerra.

O livro tem como uma de suas maiores missões apresentar mulheres que desafiaram seu tempo. São essas mulheres protagonistas de sua própria história, tornando Rainhas da Guerra uma leitura essencial para mulheres que buscam empoderamento
Por fim, podemos dizer que ele ainda é facilmente uma leitura essencial dentro da categoria de livros que todo leitor deveria conhecer.
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