Em meio ao caos da era medieval, entre invasões vikings e batalhas sangrentas, Rainhas da Guerra nos apresenta uma narrativa intensa de coragem e resistência feminina.
No coração desta história, encontramos duas protagonistas marcantes, Gwyneth e Gwenora, que além de guerreiras ferozes, são moldadas espiritualmente por um sábio mentor: o abade Nennius.
Durante a Idade Média, a figura do monge era essencial na preservação da cultura, da fé e dos valores morais.
Nennius, como uma representação autêntica desse papel, torna-se a âncora espiritual das jovens guerreiras, oferecendo mais do que simples conselhos: ele transmite valores que sustentam a alma em tempos de guerra.
Dessa forma, listamos 5 lições de fé e moral que Nennius ensina às protagonistas incríveis do livro, com lições que ecoam com força mesmo nos dias de hoje. Confira!
1 – A verdadeira força vem da fé
Nennius reforça que a fé não é apenas devoção, mas a base da coragem. Em meio às provações vividas pelas protagonistas nas mãos de bárbaros vikings, é a fé que mantém a mente de Gwyneth firme, mesmo quando o corpo está acorrentado.
A fé serve como escudo invisível contra a brutalidade da guerra, um dos pilares que a transforma em uma verdadeira rainha da guerra.
2 – Virtude é reconhecer os próprios erros para as Rainhas da Guerra
Em uma conversa com as meninas, Nennius ensina que até mesmo os pagãos podem ser perdoados se reconhecerem suas faltas.
Para ele, a maior virtude é o arrependimento sincero. Isso cria um contraste poderoso com os invasores nórdicos, que, embora vistos como bárbaros, são humanizados na visão de
Nennius ao mostrar que nenhum coração está além da redenção, então, sendo uma perspectiva rara na literatura da idade média.
3 – A fé deve se traduzir em ação
Mais do que pregar sermões, Nennius acredita que ser cristão é agir conforme a fé. “Não basta dar esmolas aos pobres e chutar um cão faminto na rua”, ensina ele. Essa lição molda o caráter das irmãs, que mesmo em guerra, aprendem a distinguir honra de selvageria — um valor essencial em um mundo dividido entre espada e oração.
4 – Vingança destrói a alma
Ewain, pai das protagonistas, é consumido pelo desejo de vingança após a morte da esposa. Nennius o adverte: alimentar o rancor pode destruir até mesmo os corações mais nobres.
A lição também chega até Gwyneth e Gwenora, que aprendem que a justiça verdadeira não é movida por ódio, mas por propósito e compaixão — um contraste vital dentro do cenário sombrio das invasões vikings.
5 – O conhecimento é uma arma poderosa em Rainhas da Guerra
Nennius não apenas prega a fé, mas também compartilha sabedoria histórica, geográfica e moral. Ele vê na educação uma forma de fortalecer não só o espírito, mas também a mente.
Em plena era medieval, onde o saber era privilégio, ele oferece às protagonistas uma arma tão poderosa quanto a espada: o conhecimento. Dessa forma, isso as torna líderes em potencial, prontas para se tornarem verdadeiras rainhas da guerra.
Rainhas da Guerra vai muito além de um épico de batalhas. Então, é também uma história sobre fé, moral e crescimento pessoal em meio à adversidade.
As lições de Nennius são um lembrete de que, mesmo nos tempos mais sombrios da idade média, havia luz nas palavras dos sábios e esperança no coração das guerreiras.
No mais, que essas lições inspirem não só as protagonistas, mas também todos os leitores que buscam coragem, fé e propósito.