Ao longo das páginas de Rainhas da Guerra, a narrativa mergulha o leitor em um contexto rico da Idade Média, onde culturas, crenças e nações inteiras colidem em busca de território e poder. Nesse cenário, dois povos antigos se destacam por sua relevância histórica: os pictos e os escotos.
Entender quem foram esses povos é essencial para captar o pano de fundo histórico que sustenta Rainhas da Guerra.

Sabendo disso, trouxemos algumas informações importantes sobre os pictos e os escotos, para que você fique situado sobre essa população fundamental para a narrativa de Rainhas da Guerra.
Vamos conferir?
Pictos e Escotos: Povos-chave na Resistência do Norte
Embora apareçam de forma indireta na trama, sua presença é sentida através das tensões políticas, ameaças externas e conflitos que envolvem as terras britânicas do século IX.
Na obra, há menções à movimentação de tropas vindas das terras dos pictos e escotos, o que desperta o temor de uma nova ofensiva viking.
O rei Rhodri, o Grande, e seu irmão Ewain, o Nobre, estão atentos aos rumores vindos do norte, pois compreendem o peso que esses povos tiveram — e ainda têm — na configuração geopolítica da era medieval.
Os pictos eram um povo celta que habitava principalmente o que hoje conhecemos como Escócia.
Reconhecidos por sua bravura e resistência contra a dominação romana, eles viveram durante séculos em constante conflito com os povos do sul da Grã-Bretanha.
Seu nome, derivado do latim Picti (“pintados”), faz referência ao costume de cobrir o corpo com pinturas de guerra. Esses guerreiros, envoltos em mistérios e lendas, mantinham uma organização tribal forte e combativa.
A Origem dos Escotos
Os escotos eram um grupo de origem gaélica, vindos originalmente da Irlanda, que aos poucos migraram e se estabeleceram na costa oeste da Escócia.
Foi a partir da fusão entre pictos e escotos que se formou o reino da Escócia. Especialmente com Kenneth MacAlpin sendo reconhecido como o primeiro rei a unificar essas duas culturas no século IX.
Inclusive, é exatamente o mesmo período em que se passa a trama de Rainhas da Guerra.
Essa fusão não apenas transformou o norte das ilhas britânicas. Mas, também fortaleceu a resistência contra os vikings, que há décadas assaltavam monastérios, vilarejos e cidades costeiras.
A morte de Kenneth MacAlpin, mencionada na obra, é um marco que simboliza o fim de uma era e o início de uma nova ordem política. Essa transformação influencia diretamente os personagens do livro, que vivem sob a constante ameaça de invasão e destruição.
A Relevância Histórica desses povos em Rainhas da Guerra
Embora o enredo de Rainhas da Guerra foque principalmente nos conflitos do sul de Cymru (Gales), as movimentações no norte, entre pictos, escotos e vikings, criam um cenário de instabilidade e tensão que afeta toda a ilha.
A percepção de que os nórdicos poderiam descer pelo território dos pictos e avançar até Cair Guent mostra como os acontecimentos históricos reais foram integrados de forma inteligente à ficção.
Além disso, a preocupação com uma possível invasão vinda de Strathclyde — território que fazia fronteira com as terras dos pictos e escotos — demonstra o quão conectadas estavam as diversas regiões durante a Idade Média.
O medo compartilhado por reis e nobres como Ewain evidencia que, para sobreviver à ganância dos vikings, era necessário estar atento aos movimentos de todos os povos vizinhos.
Essa ambientação dá profundidade à narrativa e reforça o valor histórico do romance. Rainhas da Guerra não apenas cria personagens envolventes, mas também constrói um mundo fiel às complexidades políticas, religiosas e culturais da época.
A inserção de nomes reais e eventos históricos torna a leitura ainda mais cativante, especialmente para aqueles que se interessam por história medieval.
A Importância dos Pictos e Escotos para Rainhas da Guerra
Em suma, compreender quem foram os pictos e escotos enriquece a experiência de leitura de Rainhas da Guerra.
Esses povos não apenas influenciaram a formação da Escócia moderna, como também serviram de barreira inicial contra as invasões que, mais tarde, se espalhariam por todo o território britânico.
E é nesse cenário de caos, fé e resistência que a obra se destaca, oferecendo um retrato fiel e emocionante da era medieval, onde o destino das nações era decidido por coragem, estratégia e, acima de tudo, honra.
Entender os pictos e os escotos é essencial para compreender mais sobre a narrativa de Rainhas da Guerra.
Gostou das curiosidades que trouxemos hoje? Falamos sobre uma das populações mais importantes na obra de Orlando Paes Filho.
Em breve, retornaremos com outros conteúdos incríveis para te interar mais sobre o universo do livro!
Até a próxima!