As mulheres vikings marcaram presença de forma surpreendente durante a Idade Média, rompendo limites sociais e ampliando seu papel em diversos setores da vida cotidiana.
Enquanto muitos ainda imaginam a era medieval como um período de domínio masculino absoluto, a realidade do mundo viking revela mulheres audaciosas, preparadas e influentes.
Elas não apenas empunhavam espadas ou comandavam lares, mas também navegavam por mares desconhecidos, realizavam rituais espirituais e movimentavam a economia local.
Na narrativa de Rainhas da Guerra, as mulheres vikings são essenciais para a criação de uma história marcante. Por isso, vamos trazer um texto para explicar mais da importância das mulheres na era medieval. Confira!
O papel das mulheres vikings na exploração e navegação
As viagens realizadas pelos vikings não contavam apenas com a força e ousadia dos homens. Muitas mulheres vikings participaram ativamente das grandes expedições marítimas rumo a novas terras.
Em várias dessas jornadas, elas deixaram os vilarejos para trás e embarcaram rumo à Islândia, Groenlândia e até ao território que hoje conhecemos como Canadá.
Além de acompanhar os homens, essas mulheres contribuíam de forma essencial na fundação de assentamentos. Em muitos casos, lideravam pequenos grupos familiares, organizavam tarefas e garantiam a continuidade das tradições nórdicas em terras distantes.
Essa atuação direta nas explorações prova que o espírito aventureiro das mulheres era reconhecido e valorizado dentro da sociedade viking.
Freydís Eiríksdóttir é um exemplo emblemático desse espírito. Filha de Erik, o Vermelho, ela participou da colonização da América do Norte e, segundo as sagas, mostrou coragem digna dos maiores guerreiros.
Casos como o dela reforçam que, para os vikings, habilidade e bravura não dependiam de gênero.
Asssim como Freydís, também há mulheres fortes em Rainhas da Guerra, como Gwenora e Gwyneth, as protagonistas da trama. Desde cedo, elas foram destinadas a enfrentar os horrores e os deleites da guerra.
Espiritualidade, comércio e poder feminino
Na era medieval, o papel das mulheres em rituais religiosos era geralmente limitado em muitas culturas. No entanto, no mundo viking, isso era diferente. As chamadas seidr, mulheres que praticavam magia e rituais espirituais, possuíam enorme prestígio.

Elas realizavam previsões, comunicavam-se com os deuses e orientavam decisões importantes em seus clãs. Portanto, sua influência ia além do campo religioso, atingindo também a política e a vida social.
As mulheres vikings também tinham destaque no comércio. Em tempos em que os homens partiam para longas expedições, as mulheres assumiam os negócios e a administração das propriedades.
Elas participavam ativamente de mercados locais, trocando bens como tecidos, peles e joias. Em muitos casos, essas mulheres controlavam o patrimônio familiar, organizavam feiras e até negociavam com estrangeiros.
Além disso, os registros mostram que mulheres de famílias influentes possuíam bens próprios e podiam até mesmo requerer o divórcioal, que era algo incomum na maioria das culturas da Idade Média.
Inclusive, essa liberdade econômica conferia autonomia real e reforçava sua posição dentro da sociedade.
Ainda que o casamento fosse uma aliança estratégica, muitas mulheres tinham o poder de tomar decisões sobre seus próprios destinos. Essa autonomia, somada à força espiritual e ao domínio comercial, construiu uma base sólida para o respeito que essas mulheres conquistaram em vida, e mantiveram após a morte.
Legado que atravessa séculos
Mesmo com o passar dos séculos, a influência das mulheres vikings ainda se faz presente. Sagas e lendas preservam os feitos de figuras como Lagertha e Aud, a Profunda, ambas lembradas como líderes inteligentes, ousadas e inspiradoras.
Essas narrativas não apenas ajudaram a manter viva a história dessas mulheres, como também reforçaram uma identidade cultural marcada por respeito à coragem feminina.
Hoje, o legado das mulheres vikings serve como inspiração para novos estudos sobre o papel das mulheres na história da Idade Média.
Ao analisar com atenção, percebe-se que essas figuras não se limitaram a funções tradicionais, mas participaram intensamente de todos os aspectos da vida viking: política, espiritualidade, comércio, navegação e expansão territorial.
Enquanto muitos povos da era medieval excluíam as mulheres de decisões relevantes, os vikings permitiram – e até incentivaram – que elas assumissem posições de liderança.
Por isso, revisitar suas histórias é essencial para compreender a riqueza da cultura nórdica e a força das mulheres que a sustentaram.
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