A música era um grande pilar na era medieval. Mais do que uma forma de entretenimento, seu papel central era a vida religiosa. Dessa forma, ela guiava desde cerimônias sociais importantes às incríveis batalhas da época.
O rito musical era muito forte. Desde mosteiro até castelos, a música guiava o cotidiano das pessoas na Idade Média. Assim, ela sempre estava mesclada às crenças, valores e imaginário das pessoas daquele tempo.
Atualmente, muitas pessoas associam esse período somente à música sacra, mas isso é um erro. Na verdade, a música na Idade Média ia muito além, pois incluía danças populares, formas seculares e canções dos trovadores.
Vamos conferir mais sobre tudo isso!
A História da Música nos Tempos Medievais
Na Idade Média, a música religiosa era central nos primeiros séculos. Com o canto gregoriano, um tipo de música utilizado nas igrejas, os sons ganharam forma nesse período.
Tais cantos, que não saíam acompanhamento instrumental, visavam elevar o espírito e fornecer um tipo de meditação. Após essa fase inicial, surgiu outras formas de músicas, sendo o organum um dos mais vanguardistas. Na prática, ele introduziu a polifonia, que começou a inovar na teoria musical ocidental.
No mundo prático, além das igrejas, a música secular também ganha força. Assim, trovadores, menestréis e jogos começavam a ganhar seu próprio ritmo. Para isso, eles andavam pelos feudos levando histórias, notícias e canções populares.
As composições eram simples. Falavam de aventuras dos heróis, amor, e alguns elementos da vida comum. Devido às diferenças regionais, as canções também possuíam um forte aspecto narrativo que, aliás, também, carregavam instrumentos típicos da época.
Instrumentos musicais medievais: sons da Idade Média
Na Era Medieval, o surgimento de novos instrumentos foi contrastante. Entre os mais populares, tivemos a viela – um precursor do violino, o tambor, a harpa e a flauta. Sendo instrumentos populares até hoje, isso mostra o quanto esse período foi influente para a história.
Por terem uma função social, eles eram utilizados de diversas maneiras. A viela, por exemplo, era bastante comum nas poesias cantadas, e era sempre usada pelos trovadores e tinha um som triste e melancólico.

Por outro lado, tínhamos o alaúde, que se tornou um símbolo de elegância nas cortes, já que eram tocados por músicos profissionais.
Outros instrumentos também eram comuns no período, como gaita-de-foles e a flauta doce, especialmente para músicas mais dançantes.
Entre os vikings, a música também tinha características próprias. Para os nórdicos, alguns instrumentos como tambores e harpas tinham uma função social: acompanhar os ritmos vikings e guiar as navegações.
Devido ao seu caráter muitas vezes religioso, houve uma evolução musical lenta na Era Medieval. À época, os monges registraram muitos dos cânticos que são conhecidos até hoje – garantindo a relevância da música medieval ao longo dos séculos.
A Herança Musical Medieval no Mundo Moderno
Atualmente, a música medieval continua relevante. Isso porque ela inspira compositores, músicos, atores, diretores, entre muitos outros.
Inclusive, é pertinente mencionar que existem grupos atuais que recriam melodias antigas com instrumentos da época, visando manter influência na textura sonora da Era Medieval.
Sendo assim, podemos dizer que entender a música da Era Medieval e seus instrumentos é uma ótima maneira de entender a cultura desse povo. Por ser um período complexo e rico em detalhes, compreender melhor a sua música é elevar o nível de entendimento dessa época.
Em Rainhas da Guerra, por exemplo, a música tem um forte papel; pois ela está presente nas embarcações dos vikings na obra, bem como em salões, cortes feudais e outros espaços.
Para conferir a playlist oficial do livro Rainhas da Guerra, clique aqui.