A religião dos vikings sempre foi um alvo controverso de debate. Durante a Idade Média, grande parte da Europa seguia o cristianismo, mas, os povos do norte eram diferentes. Isso porque eles cultivam a espiritualidade ligada à natureza e aos deuses.
Carregada de tradições orais, o paganismo nórdico, é a religião dos vikings. Na prática, era um sistema complexo que envolvia crenças centradas em deuses poderosos, rituais antigos e criaturas místicas.
Com uma fé essencial, os povos escandinavos refletiam guerra, cultura e navegação. Hoje, vamos falar um pouco sobre a religião viking e sua importância na construção desse povo.
Os Vikings e os Deuses
Os vikings tinham diversas crenças. No entanto, os deuses eram os destaques de sua espiritualidade. O maior destaque é Odin, conhecido por ser o deus da sabedoria e da guerra.
Thor surge como o deus do trovão e da proteção. Também havia Freyja, a deusa do amor e da fertilidade – que é uma grande referência para o livro Rainhas da Guerra.

Essa mitologia era complexa. Suas lendas explicavam o mundo, o destino dos homens e o grande fim dos tempos. Ragnarok, inclusive, era concebido como o deus do fim dos tempos.
Esses contos transmitem ensinamentos morais e valores sociais aos vikings, indo além de mero entretenimento.
Rituais, Sacrifícios e Práticas Espirituais
Os rituais eram essenciais na religião viking. Eles associavam ao sucesso: ritos religiosos eram realizados para ter boas colheitas e vitórias em batalhas.
Haviam sacrifícios, também. Conhecidos como blót, eles incluem bebidas, alimentos e até sacrifício de animais. Louvando os deuses, então, eram realizados em locais sagrados e templos.
Durante uma época mais obscura, também havia sacrifícios humanos, geralmente concretizados para “apaziguar” os deuses em tempos difíceis.
Haviam os sacerdotes (goðar), e também figuras femininas, as völvas. Sendo figuras respeitadas, elas atuavam como videntes e xamãs, garantindo o sucesso da comunidade.
Na prática, elas realizavam rituais de adivinhação, que visam manter a conexão entre os vikings e o mundo espiritual.
Devido ao caráter místico, era comum associar essas mulheres a viagens espirituais e entre mundos. Acreditava-se, então, que elas conseguiam entender sinais dos deuses. Subitamente, sempre eram consultadas antes de batalhas ou atos importantes.
A crença após a morte é fundamental para os vikings. A morte por honra era um primor para muitos guerreiros. Isso porque eles acreditavam que seriam levados pelas valquírias ao Valhalla, o grande salão de Odin.
Outros destinos nobres para os vikings incluíam Helheim, governado por deusa do submundo, Hel. Além disso, também há o campo de Freyja, também conhecido como Fólkvangr.
Dessa forma, esses conhecimentos espirituais direcionaram completamente a vida dos vikings, definindo atitudes e ações ao longo da vida.
A Transformação da Fé na Era Medieval
No século IX, com o crescimento do cristianismo na era medieval, a religião dos vikings começou a decair. Na época, a conversão ao cristianismo foi gradual, especialmente devido à imposição dos reis escandinavos.
Apesar do declínio, elementos da antiga religião viking ainda sobreviveram ao longo dos séculos. Atualmente, elas se misturam com práticas cristãs e se mantêm relevantes.
Dessa forma, a mitologia nórdica continua fascinando estudiosos e entusiastas da Idade Média. Esse legado é vivenciado em filmes, séries e outros conteúdos, onde essas práticas e costumes são amplamente debatidos e adotados.
Sendo assim, para quem gosta desse universo, Rainhas da Guerra é uma ótima opção de leitura. Com batalhas e dramas, ele filtra o universo medieval de uma forma plena, sendo um prato cheio para leitores fascinados por essa realidade.