Falar sobre higiene na Idade Média é mergulhar em um universo de contrastes, mitos e descobertas curiosas.
Ao contrário da crença popular de que todos viviam em completa sujeira, a era medieval apresentava práticas de limpeza muito mais variadas do que se imagina.
É verdade que as condições sanitárias eram precárias em muitos lugares, mas as pessoas valorizavam, sim, o cuidado com o corpo e o ambiente — dentro do que era possível na época.
Para você conhecer mais sobre a higiene na Idade Média, selecionamos algumas curiosidades e fatos sobre ela! Vamos conferir?
A Higiene Pessoal dos Medievais
Durante a Idade Média, a higiene pessoal estava diretamente ligada ao contexto social e religioso. No início do período medieval, banhos em rios, lagos e até em banheiras de madeira eram comuns entre camponeses e nobres.
Além disso, casas de banho públicas funcionavam em várias cidades europeias, sendo frequentadas por diferentes classes sociais.

Contudo, à medida que cresciam as preocupações com doenças e pecados, a prática do banho regular começou a diminuir.
Muitos acreditavam que a água quente abria os poros e facilitava a entrada de miasmas — vapores malignos associados às doenças.
Com isso, a higiene passou a depender mais de panos úmidos, perfumes, óleos e o uso de ervas aromáticas, como lavanda e alecrim. Isso tudo para manter o corpo limpo e com bom cheiro.
Mesmo com limitações, a troca frequente de roupas e a escovação dos cabelos com pentes de madeira ou osso faziam parte da rotina.
Os cuidados variavam bastante, mas a preocupação com a higiene existia, especialmente entre a nobreza, que mantinha criados responsáveis por esses detalhes.
Higiene nos Ambientes e nas Cidades
A higiene nos ambientes, por sua vez, era mais desafiadora. As casas simples, feitas de madeira e palha, acumulavam poeira, fuligem e restos de comida.
Ainda assim, os moradores varriam o chão, trocavam a palha regularmente e tentavam manter a limpeza com os recursos que tinham.
Já nos castelos, apesar do maior espaço e estrutura, o excesso de umidade e a falta de ventilação dificultavam a manutenção de um ambiente realmente limpo.
O maior problema estava nas cidades, onde a higiene pública praticamente não existia. Ruas estreitas e sem pavimentação serviam como local de descarte de lixo, urina e fezes.
Os dejetos eram jogados pela janela com um simples aviso, e os rios próximos viravam canais de esgoto a céu aberto.
Sendo assim, essa falta de infraestrutura sanitária favorecia a propagação de doenças, como a peste negra, que devastou a Europa no século XIV.
Apesar das dificuldades, é importante reconhecer que a higiene era um tema presente na vida cotidiana da era medieval.
As soluções eram rudimentares, mas revelavam a tentativa constante de lidar com um mundo sem acesso a sabão industrial, encanamento ou conhecimentos avançados sobre microrganismos.
Assim, ao olhar com atenção para os hábitos da Idade Média, percebemos que a higiene, embora diferente dos padrões modernos, fazia parte da luta diária por saúde, dignidade e sobrevivência.
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Até a próxima!