A narrativa de Rainhas da Guerra não se limita a apresentar personagens fictícios marcantes, como as gêmeas Gwyneth e Gwenora. A obra também se ancora em acontecimentos reais da Idade Média, como a ascensão de figuras históricas que marcaram o destino da Grã-Bretanha e da Escócia.
Entre esses nomes está Kenneth MacAlpin, citado com reverência no enredo e cuja trajetória influenciou os rumos políticos e militares do período retratado na narrativa.
Mas, como ele é destacado na narrativa de Rainhas da Guerra? Hoje, vamos conferir sobre a importância dessa figura histórica para o livro. Confira!
Kenneth MacAlpin: o unificador da Escócia na era medieval
Inserido com sensibilidade dentro do contexto do livro, Kenneth aparece como uma referência poderosa de unidade e força, especialmente em tempos de invasões vikings.
Sua morte é sentida pelos personagens como um sinal preocupante de instabilidade iminente, um prenúncio de que o equilíbrio político pode ruir a qualquer momento.

Com isso, Rainhas da Guerra usa esse personagem histórico como elo entre a ficção e os fatos que realmente moldaram o destino dos reinos celtas.
Historicamente, Kenneth MacAlpin foi o rei que unificou os povos dos pictos e dos escotos, sendo considerado o primeiro rei da Escócia.
Sua ascensão ao trono por volta de 843 d.C. marca o início de um processo político crucial na era medieval, que fortaleceu os reinos do norte da Grã-Bretanha contra ameaças externas, especialmente as incursões vikings.
Como líder visionário, Kenneth entendeu que apenas a união entre os clãs poderia resistir ao avanço dos guerreiros nórdicos, que não poupavam monastérios, vilas ou castelos.
Embora existam lendas em torno de sua conquista – como a suposta traição durante um banquete com os líderes pictos – os registros históricos reforçam sua importância estratégica.
Assim, ele reorganizou o governo, fortaleceu alianças e lançou as bases para uma identidade escocesa unificada.
Na narrativa de Rainhas da Guerra, sua morte é um acontecimento que ecoa por todos os reinos, incluindo Cair Guent, pois representa a perda de um bastião de resistência num tempo de crescentes incertezas.
A presença de Kenneth MacAlpin em Rainhas da Guerra
No universo ficcional de Rainhas da Guerra, a menção à morte de Kenneth MacAlpin serve para ilustrar a fragilidade dos reinos celtas diante da ameaça viking.
Enquanto líderes como Ewain e Rhodri, o Grande, tentam manter suas cidades seguras, a ausência de figuras inspiradoras como Kenneth gera inquietação.
Dessa forma, essa estratégia narrativa reforça o senso de urgência que percorre todo o livro, intensificando o drama vivido pelos personagens.
A construção cuidadosa do cenário histórico no livro é um dos pontos altos da obra. Sendo assim, fusão entre a realidade documentada e a ficção bem elaborada. Logo, transporta o leitor para um período repleto de desafios, escolhas morais e batalhas ideológicas.
Kenneth, mesmo após sua morte, permanece como símbolo de esperança, de que a união é o caminho mais eficaz para enfrentar os perigos da Idade Média.
No mais, podemos dizer que Rainhas da Guerra prova que uma boa história não ignora o passado. Pelo contrário, ela o honra. Ao incluir personagens históricos como Kenneth MacAlpin, a obra amplia seu valor narrativo e convida o leitor a refletir sobre a importância das lideranças verdadeiras em tempos de caos.
E no mundo das princesas guerreiras e dos reinos ameaçados, é impossível não perceber o quanto o legado de Kenneth ainda é forte.