Durante muito tempo, a Idade Média ficou marcada por um nome carregado de negatividade: Idade das Trevas. Esse termo surgiu principalmente entre pensadores do Iluminismo, que enxergavam o período medieval como uma fase de retrocesso cultural, científico e intelectual.
Dessa forma, a expressão ainda é bastante usada, embora muitos historiadores modernos contestem sua validade. Entender por que essa nomenclatura surgiu é essencial para compreender os mitos e verdades sobre a era medieval.
Sendo assim, trouxemos alguns dados importantes que devem esclarecer um pouco o porquê da Idade Média carregar uma visão tão obscura para muitas pessoas! Confira!
A origem da “Idade das Trevas” e a visão negativa da Idade Média
A expressão “Idade das Trevas” ganhou força entre os séculos XVII e XVIII, quando filósofos iluministas, como Voltaire e Montesquieu, passaram a olhar para a era medieval com certo desprezo.
Para eles, esse foi um período dominado pela superstição, pelo autoritarismo religioso e pela ausência de progresso científico. Em contraste com a Antiguidade clássica e o Renascimento, a Idade Média parecia representar um grande vazio cultural.

Durante os séculos medievais, a Igreja Católica teve enorme influência sobre a sociedade europeia. Dessa forma, muitos associaram esse domínio à supressão do pensamento livre, especialmente porque a Inquisição e a censura eram realidades presentes.
Além disso, a queda do Império Romano provocou o declínio das instituições urbanas e da produção literária, o que reforçou a ideia de que a sociedade apagou o conhecimento.
Contudo, essa visão é bastante simplificada. Embora tenha havido períodos difíceis, como guerras, epidemias e fome, também existiram avanços significativos nesse tempo.
Eventualmente, as universidades começaram a surgir, as técnicas agrícolas evoluíram e o conhecimento filosófico foi preservado por estudiosos, especialmente dentro dos mosteiros.
O que os Historiadores dizem sobre a Era Medieval
Atualmente, muitos estudiosos rejeitam o uso do termo Idade das Trevas, justamente por ele carregar uma conotação injusta e imprecisa.
A Idade Média, que durou aproximadamente mil anos, foi extremamente diversa em termos culturais, políticos e sociais. Então, reduzir tudo a um período de escuridão é ignorar realizações importantes em áreas como arquitetura, literatura, direito e filosofia.
Além disso, a ciência não desapareceu como muitos pensam. Figuras como Roger Bacon e Hildegarda de Bingen já discutiam temas ligados à natureza e à medicina.
A preservação de textos antigos feita por monges copistas também foi essencial para a continuidade do saber ocidental. Sem esses esforços, talvez obras de Aristóteles, Platão e outros pensadores clássicos não tivessem chegado até nós.
Portanto, embora a expressão Idade das Trevas ainda seja usada em certos contextos, ela não representa com precisão tudo o que aconteceu nesse período tão rico e complexo da história.
A Idade Média foi, sim, desafiadora em muitos aspectos, mas também fértil em transformações que moldaram o mundo moderno.
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Em breve, retornaremos com mais informações curiosas sobre o período que se passou a história Rainhas da Guerra!
Até a próxima!