A narrativa de Angus vai muito além de uma simples história de batalhas na era medieval. Este é um dos livros medievais mais densos e ricos simbolicamente da literatura brasileira contemporânea.
Logo nos primeiros capítulos, o leitor percebe que cada elemento da trama, que vai das armas ao cenário, carrega um peso simbólico que revela aspectos profundos da jornada do herói. E é exatamente essa dimensão simbólica que transforma Angus em uma leitura inesquecível.
Para você ficar mais contextualizado com esses símbolos incríveis, trouxemos alguns elementos marcantes que tornam Angus uma obra fascinante de acompanhar. Confira!
Angus: A cruz celta e a ancestralidade
Desde o início da história, a figura da espada se destaca como um dos principais símbolos. No mundo de Angus, a espada representa mais do que força: ela é justiça, identidade e destino.
Cada golpe desferido pelo protagonista simboliza uma escolha, uma afirmação de princípios. Assim, percebemos que Angus não luta apenas por sobrevivência, mas por valores universais como honra, coragem e fé.
Outro símbolo marcante na obra é a cruz celta, presente em diversos momentos cruciais da história. Mais do que um simples ornamento religioso, a cruz celta representa o elo entre o céu e a terra, entre o espírito e a carne.
Para Angus, esse símbolo está diretamente ligado à sua missão espiritual e ao legado de seus antepassados.
Cada vez que ele entra em contato com esse ícone sagrado, somos lembrados de que a idade média era uma época profundamente espiritual, em que símbolos guiavam as decisões mais importantes.
A cruz celta também serve como lembrete constante da ancestralidade do herói. Angus não é um personagem isolado no tempo; ele é herdeiro de uma linhagem sagrada, de uma tradição que remonta aos tempos antigos.
Através desse símbolo, Orlando Paes Filho reforça a importância da memória e da continuidade em uma época marcada por mudanças e conflitos.
O cavalo, a capa e o mar: forças da natureza e do destino
Além das armas e insígnias espirituais, a obra traz também símbolos naturais muito fortes. O cavalo de Angus, por exemplo, representa lealdade e liberdade. É com ele que o herói atravessa campos de batalha, mas também é ao seu lado que compartilha momentos de solidão e reflexão.
Já a capa que o personagem usa se torna um manto de identidade, quase como uma armadura emocional que o protege das dores do mundo e o distingue como líder.
O mar, por sua vez, surge na obra como símbolo do desconhecido, do destino e da travessia. Angus encara as águas não apenas como um obstáculo físico, mas como um chamado ao desconhecido. Cada travessia marítima representa uma transição espiritual, uma nova etapa de crescimento e superação.
Esses símbolos se entrelaçam para construir uma obra rica, profunda e cheia de camadas. Ao trabalhar com tantos elementos simbólicos, Orlando Paes Filho não apenas nos conduz por uma aventura épica, mas também nos convida à reflexão sobre a própria jornada humana.
Se você se interessa por narrativas simbólicas, repletas de profundidade e emoção, Angus é um dos livros medievais que você precisa ler.
Inclusive, para continuar explorando o universo criado por Orlando Paes Filho, não deixe de conhecer Rainhas da Guerra. O novo livro traz protagonistas marcantes, batalhas épicas e ainda mais intensidade emocional.
Sua história traz a missão de duas irmãs gêmeas que, eventualmente, foram obrigadas a lidar com os horrores da guerra. Imperdível!